Depois de comprovarem os maiores milagres efetuados pelo Divino Mestre, viram-No preso, flagelado, preterido em favor de um Barrabás, levantado no Madeiro entre dois criminosos e morto na rejeição geral. Aqueles eleitos pelo Pai para serem os arautos não só da Paixão, mas também da Ressurreição, necessitavam ver o Messias em seu sagrado Corpo glorificado.
A incredulidade deles, culposa ou não, deve ser tomada como extremamente vantajosa para nós: “Para que acrediteis” (Jo 19, 35). Em sua sabedoria eterna e infinita, a Providência Divina concebeu essas insuperáveis testemunhas, esses primeiríssimos arautos do Evangelho. Para nós eles viram, para nós eles foram provados, para nós eles creram, para nós eles escreveram. E agora chegou a nossa vez de dar o nosso testemunho e, se não acreditarmos, não teremos escusas. Estamos destinados à bem-aventurança de crer sem ter visto, para, assim, ingressarmos na vida eterna.
Mons. João Scognamiglio Clá Dias