2 de novembro de 2024

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

A antiga tradição da Igreja de rezar por seus filhos falecidos que se encontram no purgatório teve um forte impulso do final do século X, devido a Santo Odilon, abade de Cluny. Em 1915, o Papa Bento XV estendeu a comemoração dos fieis defuntos à Igreja universal e autorizou todos os sacerdotes a celebrar três Missas nesse dia, em sufrágio por suas almas.


Ver também:

Leituras da Missa I

Primeira leitura: Jó 19, 21-27

Disse Jó: 21Piedade, piedade de mim, meus amigos, pois a mão de Deus me feriu! 22Por que me perseguis como Deus, e não vos cansais de me torturar? 23Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição 24com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre! 25Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; 26e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. 27Eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros. Dentro de mim consomem-se os meus rins.

Salmo responsorial: Sl 22(23), 1-3.4.5-6 (R.1)

R. O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma. Ou Aleluia, Aleluia, Aleluia.

1O Senhor é o pastor que me conduz; *não me falta coisa alguma. 2Pelos prados e campinas verdejantes *ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, *3e restaura as minhas forças. Ele me guia no caminho mais seguro, *pela honra do seu nome. R.

4Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, *nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, *eles me dão a segurança! R.

5Preparais à minha frente uma mesa, *bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, *e o meu cálice transborda. R.

6Felicidade e todo bem hão de seguir-me, *por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei *pelos tempos infinitos. R.

Segunda leitura: 1Cor 15, 20-26.28

Irmãos: 20Na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. 22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte. 28E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.

Evangelho: Lc 12, 35-40

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 35“Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! 39Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.

Leituras da Missa II

Primeira leitura: Is 25, 6-9

Naquele dia, 6o Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias. 7Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações. 8O Senhor Deus eliminará para sempre a morte, e enxugará as lágrimas de todas as faces, e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse. 9Naquele dia se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo”.

Salmo responsorial: Sl 24(25), 6-7bc.17-18.20-21 (R. 1 ou 3)

R.Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma.

6Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão, que são eternas! 7bDe mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor! R.

17Aliviai meu coração de tanta angústia  e libertai-me das minhas aflições!  18Considerai minha miséria e sofrimento  e concedei vosso perdão aos meus pecados! R.

20Defendei a minha vida e libertai-me; em vós confio, que eu não seja envergonhado! 21Que a retidão e a inocência me protejam, pois em vós eu coloquei minha esperança! R.

Segunda leitura: Rm 8, 14-23

Irmãos, 14todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai! 16O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus. 17E, se somos filhos, somos também herdeiros – herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele. 18Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. 22Com efeito, sabemos que toda a criação, até o tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo.

Evangelho: Mt 25, 31-46

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’ 40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que, todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, como estrangeiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.

Leituras da Missa III

Primeira leitura: Sb 3,1-9 ou 1-6.9

[1A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. 2Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, 3e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. 4Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade; 5tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos si. 6Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto;] 7 no dia de seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; 8vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. [9Os que nele confiam compreenderão a verdade, e a misericórdia são para seus eleitos.]

Salmo responsorial: Sl 41(42), 2.3.5bcd; Sl 42,3.4.5 (R.41,3a)

R. A minh’ alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo.

41,2Assim como a corça suspira* pelas águas correntes, suspira igualmente minh’alma por vós, ó meu Deus! R.

3A minh’alma tem sede de Deus, *e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver *a face de Deus? R.

5bPeregrino e feliz caminhando * para casa de Deus, centre gritos, louvor e alegria *dda multidão jubilosa. R.

42,3Enviai vossa luz, vossa verdade: *elas serão o meu guia; que me levem ao vosso Monte santo, *até a vossa morada! R.

4Então irei aos altares do Senhor, *Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, *meu Deus e meu Senhor. R.

5Por que te entristeces, minh’alma * a gemer no meu peito? Espera em Deus! Louvarei novamente * o meu Deus e Salvador! R.

Segunda leitura: Ap. 21, 1-7

Eu, João, 1vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido. 3Então, ouvi uma voz forte que saia do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. 4Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes.” 5Aaquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço nova todas as coisas. 6Eu sou o alfa e o ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede eu darei, de graça, da fonte da água viva. 7O vencedor receberá essa herança, e eu serei seu Deus, ele será meu filho.”

Evangelho: Mt 5, 1-12

Naquele tempo, 1vedo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: “3Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.”


Santos em destaque

São Marciano, eremita (†séc. IV). Dedicou-se à oração, ao estudo e ao trabalho, num mosteiro da Calcedônia. Alimentava-se somente à tarde, e só de pão e água, mas dava mais importância à caridade do que ao jejum.

São Vitorino, Bispo e mártir (†c. 303). Bispo de Ptuj, na atual Eslovênia. Publicou numerosos escritos exegéticos e foi martirizado na perseguição de Diocleciano.

Santo Ambrósio, abade (†c. 520). Por sua exemplar conduta, foi enviado como abade do mosteiro de Saint-Maurice-en-Valais, na atual Suíça, e estabeleceu ali a prática do louvor perpétuo.

Santa Vinfreda, virgem (†séc. VII). Instruída por seu tio São Beuno, progrediu rapidamente na prática da virtude, abraçando a vida monacal em Holywell, País de Gales.

São Malaquias, Bispo (†1148). Restaurou a vida eclesial na diocese de Down e Connor, Irlanda. Morreu no mosteiro de Claraval, na presença de São Bernardo.

Beata Margarida de Lorena, religiosa (†1521). Esposa do duque de Alençon, França. Ficando viúva, professou num mosteiro de Clarissas que ela mesma mandara construir.

Beato Pio de São Luís Campidelli, religioso (†1889). Ingressou como passionista aos 14 anos; preparava-se para o sacerdócio quando foi atingido pela tuberculose, morrendo aos 21 anos. Exemplo de resignação e serenidade, ofereceu sua vida pela Igreja, pelo Papa e pela conversão dos pecadores.

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